Inspiradas no webOS, da LG, e nos sistemas para dispositivos móveis, como o Android e o Firefox, as novas plataformas para Smarts TVs parecem finalmente a altura da categoria
Com a popularização das telas curvas, flexíveis ou não, e mesmo do ponto quântico, tecnologia que melhora especialmente as cores das telas de LCD, o sistema operacional das TVs caminha para ser um dos principais motivos de compra neste e nos próximos anos. A cada ano que passa, as televisões inteligentes deixam de ser exceção para se tornarem cada vez mais a regra do portfólio das grandes fabricantes. Neste sentido, o ano de 2015 é especialmente, pois marca o retorno do Android, sistema do Google, para a grande tela, e também o investimento em sistemas próprios, como o Tizen.
LG mostrou TVs com nova versão do webOS na CES 2015. Foto: Divulgação
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Na
esteira da LG, que em 2014 colocou no mercado, inclusive brasileiro,
suas TVs com webOS, sistema que ganhou vários fãs por simplificar a
interação com a televisão, a Samsung também mostra, na CES 2015,
uma solução própria. O Tizen, que já foi especulado como possível
plataforma para smartphones e depois para dispositivos vestíveis,
encontrou seu lugar ao sol nas TVs. De acordo com a sul-coreana, as TVs
com Tizen chegam ainda no primeiro semestre ao Brasil.
Tizen, sistema próprio da Samsung, lembra o webOS, da concorrente LG
Outra novidade para este ano é a adoção do Firefox
OS nas TVs da Panasonic, o que deixa claro a influência que os sistemas
para smartphones ainda exercem no desenvolvimento de plataformas para
outras categorias de produtos.
A chegada do Android TV a
mais de uma fabricante nesta CES 2015 também comprova o esforço das
empresas em melhorar a experiência do usuário com a sua televisão
inteligente. Além da Sony e da Sharp, também a Philips deve lançar TVS
com Android TV neste ano.
Primeiras impressõesPlataforma das TVs da LG, o webOS chegou a sua segunda versão na CES 2015. No estande da sul-coreana na feira, tivemos a oportunidade de observar algumas pequenas mudanças que deixam o sistema mais rápido, como a inclusão de um atalho para os canais preferidos do usuário na barra de acesso. As fontes de entretenimento, isto é, TV aberta, TV a cabo e internet, também estão melhor integradas, com novos menus de acesso rápido que aparecem na parte superior e na lateral. A ideia é claramente diminuir o número de cliques que o usuário precisa dar para chegar ao conteúdo que deseja.
Demonstrado em partes no estande da Samsung, o Tizen lembra bastante o webOS, com a mesma barra de acesso aos conteúdos e às funcionalidades na parte inferior da tela. Um dos grandes diferencias do sistema promete ser o recurso de segunda tela, ou seja, de levar informação sobre o conteúdo que está sendo consumido para a própria TV. No estande da Samsung era possível ver a função aplicada em um jogo de basquete. Por cima de parte da imagem da partida aparecem algumas estatísticas, tipo de conteúdo que o usuário consome enquanto vê TV, só que no smartphone ou o tablet.
Com uma interface simples e elegante, Firefox
OS, sistema originalmente desenvolvido para smartphones, estará nas TVs
Panasonic de 2015
O Firefox OS, destaque no estande da Panasonic, é
um dos sistemas que mais se diferencia dos demais. Ao invés da barra
inferior com atalhos, a plataforma tem seu design marcado por círculos e
pela customização. Na demonstração do sistema, nos pareceu realmente
simples adicionar atalhos a tela inicial, uma das mais elegantes.
O
Firefox OS, assim como o Android TV, se beneficia do poder do seu
conhecimento prévio em internet para encontrar conteúdos mais
rapidamente e apresentá-los de uma forma interessante ao usuário.
Por
fim, o Android TV chega para não só fazer uso do sistema de buscas mais
bem-sucedido do mundo, mas também do reconhecimento de voz e,
principalmente, do recurso que deixou o Chromecast tão famoso. A função
Google Cast que permite ao usuário enviar para a sua TV o conteúdo do
smartphone ou do tablet com o simples apertar de um botão está integrado
ao sistema para TVs. Em termos visuais, o Android TV tem uma tela
inicial mais extensa do que as demais, cheia de atalhos, mas ainda é
difícil afirmar se é algo que de fato atrapalha a experiência do
usuário.Por fim, vale dizer que em 2015 também veremos a transformação, se não definitiva, quase, do controle remoto. Grande parte das TVs ainda deve vir com dois controles, o padrão cheio de botões, e versões menores com microfone para reconhecimento de voz, painel sensível ao toque, e sensores de movimento. Grande parte das fabricantes ainda não estava com seu controle remoto oficial na CES 2015, mas pelos protótipos já deu para perceber que eles estão bastante diferentes e que a conectividade nas TVs veio mesmo para ficar.