Xiaomi no Brasil: Compras só pela internet e fabricação 100% nacional
A chegada da Xiaomi ao Brasil foi marcada por inúmeros rumores e incertezas. A principal dúvida estava relacionada ao valor de comercialização dos dispositivos no país, visto que nos oito países em que a companhia atua a principal característica de seus produtos está no custo/benefício entregue ao usuário. Durante o evento realizado em São Paulo, Hugo Barra, vice-presidente global da Xiaomi, tratou de esclarecer essa e outras dúvidas em mínimos detalhes.
Todos os componentes do Redmi 2 serão importados, inclusive as primeiras unidades comercializadas por aqui, mas a empresa está investindo e abrindo sua primeira linha de produção fora da Ásia. A empresa responsável em montar os dispositivos da Xiaomi no Brasil será a Foxconn, que possui planta em Jundiaí, e receberá componentes importados de diversos fornecedores, como Samsung (memória RAM), Sharp (tela) e Qualcomm (processador). Mesmo com investimentos em manufatura local, o modelo de negócios da empresa se mantém semelhante ao aplicado na Índia e China. O valor de R$ 499 cobrado pelo Redmi 2 enquadra o dispositivo na Lei do Bem, que cria incentivos fiscais às empresas que realizam investimentos e trazem inovação ao país.
A Xiaomi não investirá em publicidade massiva, como em mídia impressa ou televisiva, e os gastos que envolvem a logística de produtos no varejo também não fazem parte da lista de investimentos da chinesa. A compra de produtos só pode ser realizada através do site br.mi.com, que roda em cima da plataforma de e-commerce proprietária da B2W, a mesma empresa responsável em manter o site de compras da Lojas Americanas, Submarino e Shoptime.
O resultado final é um produto com menos impostos e taxas fiscais. Além disso, a margem de lucro praticada pela Xiaomi é menor do que as demais empresas do setor, afinal tudo é feito em casa. A empresa apostará fortemente em mídias sociais para alavancar sua marca, assim como em canais do YouTube direcionados para usuários de tecnologia.
Xiaomi no Brasil: Atualização do Android KitKat 4.4.4
O Redmi 2 é um dispositivo incrível, no entanto, o modelo sai de fábrica com Android KitKat 4.4.4. Segundo Hugo Barra, ainda não existe previsão de atualização do dispositivo para o Brasil. O executivo ainda ressalta que não existem mudanças no desempenho ou nas funções que rodam na interface MIUI 6, para a versão presente no Android Lollipop 5.1.
De fato, a diferença é mínima. Durante o evento, pude manusear o Mi 4i que roda com Android Lollipop 5.0.2, e realmente as diferenças visuais são mínimas. A experiência do usuário é a mesma em ambas as versões, principalmente devido a padronização da interface proprietária da empresa, que segue uma abordagem única para qualquer versão do Android. Todas as informações sobre o Lollipop para o Redmi 2 serão divulgadas pela empresa através de sua página oficial no Facebook.
Xiaomi no Brasil: Mi 4i pode ser o próximo!
Durante a coletiva de imprensa da Xiaomi, outros modelos da empresa foram mencionados como prováveis futuros lançamentos, como o Redmi Note Pro. No entanto, o Mi 4i pode ser o próximo lançamento da empresa no Brasil. O dispositivo foi citado por Hugo Barra diversas vezes, principalmente em comparações diretas com os demais concorrentes de mercado, como o Galaxy Win 2 Duos e Moto G 2014. O Mi 4i também estava disponível para visualização na área reservada para os jornalistas em diversas variações de cores, evidenciando ainda mais o futuro lançamento.
Outras novidades serão avaliadas pela empresa durante 2015, e os primeiros passos dependeram da aceitação do público brasileiro para o primeiro dispositivo lançado oficialmente, o Redmi 2. Além da estrutura de vendas, a Xiaomi destacou sua estratégia de pós-venda e a possível chegada das Mi Home, lojas conceito da empresa que estão presentes em países seletos.
E aí, o que você achou das novidades da Xiaomi para o Brasil? A empresa pode fazer frente aos fabricantes já consolidados no país?