As principais empresas de internet do Brasil começam a demonstrar preocupação frente a movimentação do governo para para taxar aplicativos como WhatsApp e Netflix. O diagnóstico, segundo Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet) é fatal: a conta dessa regulamentação será paga pelo consumidor. "Não existe nada de graça. Se o governo aumentar os impostos sobre esses serviços, é o usuário quem vai pagar a conta, avisou.
Segundo Parajo, o que amedronta empresários do ramo é a forma como a regulamentação será feita, já que eles temem não ser ouvidos pelo setor que almeja regulamentar os serviços. Ricardo Berzoini, ministro das Comunicações, defende a taxação e propõe corrigir a chamada "assimetria regulatória" entre grandes consumidores de dados e empresas de comunicações instaladas no Brasil.
O presidente da Abranet defende "menos regulamentação e menos impostos" para que o setor de empresas que utilizam a internet como principal plataforma de negócios possa continuar se desenvolvendo nos próximos anos. Em 2014, esse setor (o mesmo que não quer receber taxações do governo) teve um faturamento superior a R$ 120 bilhões - resultado maior do que quase 80% dos setores da economia brasileira.